Coaching, modismo ou recurso de transformação?
- Fatima Ferreira
- Jul 20, 2017
- 2 min read
Quando comecei a oferecer o coaching, o grande desafio ainda era o de esclarecer do que se tratava, hoje um dos desafios que costumo enfrentar está em desmistificar a fantasiosa imagem que muitos fazem do coaching, como se o simples fato de passar pelo processo seja o suficiente para que a pessoa encontre as chaves para o sucesso.

Isso se deve em parte á desinformação de quem se deixa impactar pela iniciativa midiática que encontrou no desenvolvimento humano, um excelente nicho de mercado a ser explorado.
Assistimos presentemente ao surgimento de uma nova religião do culto ao sucesso, e o resultado disso é uma onda de fanatismo que resulta numa avalanche de vídeos e convites nas redes sociais, voltados para a realização de workshops, palestras e cursos que oferecem soluções mágicas para os mais variados problemas da vida.
Temos de um lado pessoas carentes de soluções para os seus problemas e de outro aqueles que ganham com essa agitação de um mercado que faz surgir da noite pro dia ícones especialistas em orientar o que fazer mas que raramente conseguem aprofundar no como fazer.
Convém lembrar que o coaching é um processo transformador, mas quando vivenciado nas condições propícias, e entre tantas, uma condição básica é que haja um desejo profundo da parte daquele que busca a melhoria em transformar-se, com todo o esforço que isso exige, e de outro lado, encontre um profissional muito bem preparado e consciente de que o coaching é um processo metodológico que prioriza a educação por excelência. Ora um educador não pode ser tão somente um especialista em aplicar técnicas nem um mentor que teoriza sobre temas que requerem vivência profunda; para ajudar alguém a vir a ser melhor, há que ter a sensibilidade e o cuidado em alscutar esse outro. Não se pode guiar alguém além de onde já se foi.
Sem esses cuidados, os resultados são quase sempre aparentes, não se sustentam. Alto desempenho nem sempre é garantia de satisfação interior, assim como sucesso não é o mesmo que realização.
Em meio a tudo isso, felizmente, verifica-se o despontar de uma nova mentalidade, pois em meio ao joio das superficialidades, floresce o trigo que oferece substancialidade e promove o verdadeiro desenvolvimento que a humanidade necessita.
Acredito que o coaching, ao lado de outros recursos tais sejam o psicodrama, a PNL, a neurociência, como muitos outros, chegam em boa hora para impulsionar o processo de desenvolvimento de seres humanos que começam a se conscientizar da necessidade de conhecer um pouco mais sobre si mesmos, para que possam alcançar uma visão mais ampla da realidade. Mas para que tais recursos atinjam os objetivos a que se propõem não podemos nos esquecer de que informação não é o suficiente para gerar transformação e por isso mesmo é preciso discernir no mercado o conteúdo, da embalagem.







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