As organizações são sistemas vivos
- Fatima Ferreira
- Jul 20, 2017
- 2 min read
Nos séculos anteriores progredimos sobremaneira na criação do conhecimento e na transformação do meio ambiente na produção de bens tangíveis e intangíveis, mas para este século o grande desafio humano consiste em ajudar o ser humano a conquistar o estado de equilíbrio emocional e psíquico que lhe permita desfrutar melhor de todas as conquistas anteriores. No meio organizacional por onde transito, fica cada vez mais evidenciada a preocupação das empresas em reter os talentos e desenvolver pessoas engajadas. São gastas quantias vultuosas do orçamento em projetos de desenvolvimento destinados a fomentar a melhoria do clima, otimizar o fluxo da comunicação e por consequência impactar a produtividade. E não raro, logo constatam que os resultados obtidos ficam aquém do almejado.

Na nossa tão comum cultura de culpabilização, surgem as hipóteses das possíveis razões pelas quais as pessoas resistem às mudanças, e muito raramente se investiga as causas mais profundas, que resultam em mudanças mais aparentes do que efetivas. É importante compreendermos as implicações das empresas serem organismos vivos. Os sistemas vivos, seja indivíduos como organizações, comportam-se como “sistemas abertos” na medida em que, para sobreviver, necessitam interagir com o ambiente. E por interação precisamos considerar não apenas a permuta de mercadorias, de tecnologias ou de conhecimentos, mas aquela atração natural que faz com que a parte sinta-se atraída pelo todo.
É essa interação sutil, porém não menos importante, que diz respeito ao que nem sempre é verbalizado, tangenciado ou percebido pelos sentidos, mas que caracteriza a condição humana, que potencializa aquilo que designamos sinergia, o que precisa ser estimulado. Isso porém nem sempre encontramos ao dispor nos livros ou graduações. Precisamos incentivar os responsáveis pelas áreas de desenvolvimento a expandir a acuidade a leitura de sinais, observando mais e melhor a natureza, afim de aprendermos como se comportam os organismos, os sistemas, a partir do princípio de diferenciação celular por exemplo.
O biólogo Lipton Bruce, na sua obra “ Biologia da Crença” comenta que “A física quântica descobriu que os átomos físicos são constituídos de vórtices de energia que giram e vibram constantemente. Cada átomo é um centro que gira e irradia energia e cada um deles tem uma assinatura (movimento) e constituição (moléculas) próprios. Por isso emitem coletivamente padrões de energia que pode ser identificados. Todo material no universo, incluindo você e eu, irradiamos uma assinatura energética única.” Sem nos darmos conta da qualidade energética que veiculamos nos ambientes, focamos apenas em comportamentos exteriores, nem sempre alinhados às intenções, dificultando deste modo a espontânea criatividade pela busca das melhores soluções.
Nenhum treinamento comportamental ou intervenção estratégica alcançará o desejável nível de excelência enquanto não contemplarmos o ser humano na sua particularidade e integralidade, enquanto seres dotados de pensamentos, emoções, sentimentos e aspirações que geram entrelaçamentos quânticos que resultam em eventos.







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